terça-feira, 14 de julho de 2009

Michael Jackson e Joan Baez

Semana passada eu saí com uns amigos que têm elevado nível de prioridade para mim. Quando peguei a chave pra sair de casa senti aquela falta de perspectiva morna que tenho quando vou numa festa de família. Vamo lá.

Surpreendentemente chegamos todos na mesma hora (uma hora depois do combinado). Atravessei a rua e vi quase todos na calçada se abraçando. Daí eu pensei que eram meus. Mas eu não quero falar deles agora.

Ficamos no bar, depois fomos pra outro lugar bailar, tudo no Red River. Buena música, tipos de pessoas já esperadas, nós ficando cada vez mais daquele jeito, eu acho. Cada vez mais livres, eu acho. Pelas tantas tocou Michael Jackson, não pude deixar de fazer aquele condicionado comentário de desprezo pela mídia: tsc... ti-nha que tocar Michael Jackson. Foi uma delícia, mas lembrei que ele tinha virado história.

Aí lampejo. Estive certa que alguém vai sentir em Michael Jackson a mesma saudade melancólica que eu sentia quando ouvia Joan Baez (quando era criança eu achava que Joan Baez já tinha morrido... achava que todo mundo que meu pai ouvia estava morto). Sentia uma tristeza por ter chegado atrasada no tempo. Michael Jackson vai ser Joan Baez para alguém. Aí o tempo tocou em mim. Isso foi o tempo me tocando forte e silenciosamente.
.
p.s.: Pra baixar o disco de Joan Baez que eu ouvia lá em casa vai aqui: Gracias a La Vida

2 comentários:

Vini Gonçalves disse...

Nossa... qdo comecei a ler tava crente que você ia me conseguir uma versão de Blowing in the Wind num dueto de Michael e Joan Baez... era pra eu ficar com vontade de ouvir tio Michael? Vou ouvir então e aproveitar pra fazer um moonwalk aqui no escritório... bjo bjo

Ana Carla Lira disse...

uhhh..lembrança boa. Joan Baez tb já me fez chorar muito. Me dá uma nostalgia boa ouvir suas cançóes... "Mulher rendeira" na voz dela é preciosa...se nao conhce recomendo!
bjocas