quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Filosofias carnavalescas e outras chuchuflefas

Tá todo mundo confiando em Obama
Mas...

Se rebolar, não derrame.

Sou gostosa, estou a turismo e me adapto a qualquer tipo de beijo (do ano passado mas vale).

Adoro ponte!


Eu gosto de gente de Salvador comprando CD na minha loja.


(em construção e aceito sugestões)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

[respiro]

O que você consegue dizer de uma cidade? Você consegue dizer, sem peso nenhum, “gosto ou não gosto” de tal cidade? Não consigo. Posso dizer de umas poucas cidades (na verdade só de duas, pelo que eu me lembro) não gostei, mas assim de um modo amarrado, cheio de atritos. É mais fácil dizer que não gostei de alguém do que de uma cidade. Às vezes dominar uma cidade desconhecida é mais difícil que conhecer uma pessoa. Aliás, não se domina uma cidade desconhecida. Tsc...

Meu querido amigo, fui recentemente a certos lugares cheios de coisas fáceis de serem criticadas, cheios de fáceis elogios. Vamos a eles.

Porto Seguro... Porto Seguro é uma cidade idiota, até onde eu pude ir. Mas, também, ela não me deu oportunidades de ir muito além, sei lá de quem é a culpa.

Por exemplo, a tal rua Passarela do Álcool, que já é um nome pra chicleteiro ver. Fosse uma rua qualquer na cidade vá lá... Mas pense numa orla de ruas largas, pavimento de paralelepípedo e casas coloniais geminadas. Tudo pra ser um lugar bucólico, aconchegante. Mas pense nas fachadas dessas casas pintadas com cores berrantes e com zil propagandas de letras fluorescentes, tipo cartaz do Bom Preço. Pense num corredor formado pelas mesas nada convidativas em frente a essas casas e pelas barracas de feira vendendo lembrancinhas infames (quem é que compra garrafa com caranguejo dentro??).

Cruzamos duas vezes a passarela e nada de um lugar agradável pra tomar alguma coisa. Eu nem estava tão exigente, mas eram umas mesas de design com personalidade demais pra mim. Eu só queria um bar com mesa de plástico.
A gente passeou um pouco por dentro da cidade, fora do que a cidade tem pra vender. E aí, pasme, Porto Seguro é uma cidade como outra qualquer. Capaz até de ser agradável, se você estiver disposto. Mas a verdade é que estávamos esperando noites cheias de surpresas como no sertão, e em Porto Seguro não achamos isso em qualquer buraco. Lá tem que ir às barracas ultra-mega modernas (mas com um jeitinho bem baiano, claro). Eu até tento viver o lugar sem esperar que ele seja de determinada maneira, mas, talvez tenha percebido, não estava disposta.
Tínhamos que visitar uma área lá em Porto Seguro. Aí entramos em contato com quem de direito para ir até lá nos apresentar a área. Acontece que alguém brincou de telefone sem fio e, quando chegamos lá, achavam que Maria (fomo juntas nessa viagem) era a superintendente! Minha mão foi na boca pra disfarçar o riso!! E, quando eu vi, tinha câmera, monte de gente falando, fotógrafo, eu tentando não rir... Velho, que situação... E quando chegamos no terreno, quando eu olho pra trás tinham 11 carros (óbvio que eu contei!) e uma comitiva de gente! Só faltou banda de música. Olhei pra Maria, fiz minha “cara de coerência” (Cordeiro, Lira, 2008) e segui em frente, fazer o que??

A gente foi também em duas comunidades indígenas, Coroa Vermelha, em Santa Cruz de Cabrália e Aldeia Velha, em Porto Seguro. Juro que no início, quando soube que ia visitar esse tipo de comunidade, imaginei, no mínimo, habitações em volta de um círculo. Ignorância, eu sei. Eles vivem é como qualquer povoado do interior, com a diferença que o turismo é seu principal meio de renda.

As pessoas da comunidade que estavam conosco tinham o discurso ecológico consolidado, como todo mundo. Falo discurso porque não tive tempo de ver como era a prática lá. Porque a prática, no meu mundo, você sabe como é... Eles também estão preocupados em fazer algo que agrade aos turistas. “A gente faz umas casinhas iguais assim, pro turista chegar, achar bonito...”.
A quantidade de frutas e flores que crescem no quintal e na frente das casas deles é uma delícia. Cacau, graviola, caju, jaca, jambo, jenipapo, coco, amora, abacaxi e duzentas outras coisas que eu não sei o nome. E quando me lembro daquelas redes embaixo da sombra... meu deuso... Tive a impressão de que, se a morada deles fosse decente e eles não tivessem que se preocupar tanto com os turistas, o lugar seria perfeito. Olhe, Arnaldo Antunes tem toda razão... os turistas estragam todos os lugares.

Eu quase não fiz elogios, não foi? Ah, mas assim, fazer elogio fácil é muito chato... fica parecendo propaganda da CVC...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Hoje eu tinha umas coisas pra falar... como tinha sido o rapel, que "mais belo dos belos" não é slogan, é fato, de Iemanjá que nos envolve quando estamos praticando a descrença (impossível eu não acreditar em nada em Salvador, embora tente de vez em quando). Mas amanhã viajo, não tenho tempo de escrever devidamente sobre essas coisas, e provavelmente vou voltar com outras vontades...