quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Maria Bethânia

Eita!... Esqueci de dizer isso. Completando o texto anterior:

Por uns dez dias fui para o trabalho com o carro de minha mãe, este tem som. Nos primeiros dias fui ouvindo Babe Ruth porque, além de ser uma ótima banda, ela me me faz sentir livre e de gosto exclusivo. Depois, por querer estar calma, sentir serenidade e ter um pouco de identidade, peguei, emprestado de meu tio, Maria Bethânia no CD “Imitação da Vida”. Meu tio, aliás, é a única pessoa que eu conheço que ainda ouve e compra CD´s.

Então estava indo trabalhar dirigindo, Maria Bethânia no ouvido, e no ar sinto ela recitando Fernando Pessoa. Jesuis... Parei no sinal vermelho e não vi quando ele abriu. O ser humano que estava atrás deu aquela buzinada sem nenhum afino e expressei sem palavras (contraindo as sobrancelhas e levantando a mão em riste): velho, você não tá vendo que é Fernando Pessoa e Maria Bethânia?!!

Fui indo de novo, quase chegando ao trabalho, mais um Desassossego e passei da rua onde eu tinha que virar à direita. Suspiro. Descobrindo outro caminho, ouvindo outra música, passei pelo final de linha da Pituba, virei à esquerda, subi uma ladeira, e merrrrrda, deixei de virar na rua de novo. Aí desliguei o rádio, já estava atrasada e o dia me chamava.

Se eu fosse legista e puritana diria que ouvir Maria Bethânia recitando Fernando Pessoa deveria constar no código de trânsito como infração média a grave.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Yo, conductor

Faz pouco tempo eu comecei a dirigir com mais freqüência em Salvador. Pensei várias coisas sobre isso:

Nas primeiras primeiras vezes que fui trabalhar de carro fiquei na neura de esquecer este fato e voltar pra casa de ônibus. Ficava me repetindo: “sanane, você tá de carro, você tá de carro...”

Quando saio do carro e olho para ele sinto desconforto com todo aquele volume. É uma coisa muito grande para ser só de uma pessoa... tudo isso só para mim?

Comecei a entender melhor as conexões de Salvador, principalmente as rótulas. Porque quando estou de ônibus, minha percepção dos lugares é pontual. Vejo um lugar, passa um tempo, depois presto atenção em outro. Sei que o ônibus fez um percurso entre um e outro, mas se ele virou à esquerda ou direita, se passou por cima ou por baixo de um viaduto, se fez retorno é um detalhe para mim. De carro eu TENHO que prestar atenção nas conexões.

Choque. Ledo engano e ingenuidade minha pensar que o carro me daria mais liberdade de locomoção. Tsc, tsc, tsc... se não tiver lugar para estacionar fica-se quietinho em casa assistindo televisão ou se é OBRIGADO a ir só nos lugares com estacionamento, de muita preferência sem pagar por isso. Sem falar da lei seca.

Quanto à segurança, eu mesma nunca achei que estar de carro desse mais segurança a ninguém. Pelo contrário, me sinto mais segura em pegar um taxi só do que pegar o carro naquela única rua que tinha vaga. Acho que vou comprar um spray de pimenta pra mim.

E até outro dia eu achava que todas as buzinas eram por minha causa.

sábado, 10 de outubro de 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Orai, irmãos

Livrai-me de toda idéia transformada em dircurso, amém!