segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Yo, conductor

Faz pouco tempo eu comecei a dirigir com mais freqüência em Salvador. Pensei várias coisas sobre isso:

Nas primeiras primeiras vezes que fui trabalhar de carro fiquei na neura de esquecer este fato e voltar pra casa de ônibus. Ficava me repetindo: “sanane, você tá de carro, você tá de carro...”

Quando saio do carro e olho para ele sinto desconforto com todo aquele volume. É uma coisa muito grande para ser só de uma pessoa... tudo isso só para mim?

Comecei a entender melhor as conexões de Salvador, principalmente as rótulas. Porque quando estou de ônibus, minha percepção dos lugares é pontual. Vejo um lugar, passa um tempo, depois presto atenção em outro. Sei que o ônibus fez um percurso entre um e outro, mas se ele virou à esquerda ou direita, se passou por cima ou por baixo de um viaduto, se fez retorno é um detalhe para mim. De carro eu TENHO que prestar atenção nas conexões.

Choque. Ledo engano e ingenuidade minha pensar que o carro me daria mais liberdade de locomoção. Tsc, tsc, tsc... se não tiver lugar para estacionar fica-se quietinho em casa assistindo televisão ou se é OBRIGADO a ir só nos lugares com estacionamento, de muita preferência sem pagar por isso. Sem falar da lei seca.

Quanto à segurança, eu mesma nunca achei que estar de carro desse mais segurança a ninguém. Pelo contrário, me sinto mais segura em pegar um taxi só do que pegar o carro naquela única rua que tinha vaga. Acho que vou comprar um spray de pimenta pra mim.

E até outro dia eu achava que todas as buzinas eram por minha causa.

Um comentário:

Lua disse...

Iai Shaizinha?
hehehe, é uma super emocao dirigir em salvador! Tem q ter nervos de aco!!! E uma certa habilidade mediunica de adivinhar o que os otros vao fazer....
Bem vinda ao clube!
Gosto mt dos seus textos!
Venho fazer uma visita de vez em quando!
Beijao!
Lua